quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

[Resenha] Os Olhos do dragão

KING, Stephen. Os Olhos do dragão. Rio de Janeiro: Objetiva; Suma de Letras, 2011. 321p.

RESENHA
por Juliana R. Santos

Capa - Editora Objetiva
   Diferente da maioria dos livros de Stephen King, que eu chamaria de literatura de horror, este livro poderia muito bem se encaixar na descrição de literatura fantástica e infanto-juvenil. Uma narrativa um tanto infantilizada, quase uma fábula, mas ainda assim bastante agradável, com metáforas bem interessantes sobre a vida e a mente humana e infantil. 

   A narrativa se passa no reino de Delain, governado pelo rei Rolando, conhecido como "O Bom", um rei mais afeito aos prazeres da boa mesa do que ao intelecto. O rei casa-se com Sasha, uma rainha rica em virtudes, e esta lhe dá dois filhos. Tudo iria bem e seria perfeito, e não haveria enredo para nenhuma história, se não fosse pelo conselheiro real e vilão da trama, o feiticeiro Flagg, que se aproveitava do pouco intelecto do glutão Rolando para, aos poucos, controlá-lo, apesar da oposição de Sasha. 

   Após muitos anos a serviço do rei, e anos ainda anteriores em que esteve em Delain com outras identidades e profissões, Flagg decide que finalmente é chegada a hora de tomar o poder para si, e, para isso, com o auxílio de suas mágicas e poções, arma um plano cruel para se livrar de Rolando e seu primogênito Pedro, e elevar ao trono o, que ele acredita ser, frágil e manipulável Tomás. O último é mesmo um rapaz frágil e triste, que vem a se tornar ainda mais atormentado, devido aos fatos ocorridos ao longo da narrativa. O jovem personagem, com seus sofrimentos compreensíveis, torna-se digno da piedade do leitor, apesar de algumas atitudes questionáveis tomadas por este ao longo do livro. Enquanto Flagg é a personificação da maldade, o típico vilão das histórias infantis, Pedro é o protagonista perfeito, feliz, amado por todos e praticamente sem defeitos. Os dois personagens, e muitos outros na verdade, chegam a ser inverossímeis em suas características, mas isso é perdoável, considerando que se trata de uma fábula claramente voltada para crianças, como fica evidente pela linguagem adotada pelo narrador, o tempo todo conversando com o leitor. 


Capa - Editora Suma das Letras
   O livro conta também com personagens como Ben, Naomi, Denis, e a simpática cadela Frisky, que têm participação, mesmo que pequena, na conclusão da história. Outros elementos importantes para a trama são a casa de bonecas de Sasha e guardanapos. Sobre esses elementos não direi mais nada para não estragar a leitura, mas se lerem o livro, entenderão o que quero dizer.  

  Como já disse, trata-se de uma fábula, uma narrativa bastante infantilizada e, talvez por isso, bastante agradável, uma leitura rápida e despreocupada. Tanto a edição com o selo da Objetiva, quanto a com o selo da Suma das Letras, ambas pertencentes ao grupo editorial Santillana, possuem imagens e ilustrações, tornando a leitura ainda mais ágil e fluida. Quanto às edições mais antigas, não sei dizer se possuem as imagens ou não, pois nunca tive contato com nenhuma delas. Não é dos melhores livros escritos, é verdade , mas vale a pena gastar alguns poucos dias para conferir esta encantadora historinha. 

2 comentários:

  1. Quero muito ler algum Livro do Stephen King, parecem ser ótimos
    Beijos,
    http://aculpaedosleitores.blogspot.com.br/

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  2. Adoooro Stephen King! Mas confesso que é até estranho ver que esse não se encaixa nos livros de horror dele, até hje todos que li eram bem sangrentos e estranhos hahaha (se bem que não li mtos livros dele, atualmente estou lendo sob a redoma), mas está mto boa sua resenha! Me deu vontade de ler ele, só preciso terminar os outros 5 que comprei dele na BF e vou ler esse! hahaha
    Beijo!
    http://booksmanybooks.blogspot.com/

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