RESENHA
por Juliana R. Santos
Capa - Editora Prumo |
As visões da protagonista tornam-se cada vez mais intensas, assim como a aventura da história, já que os personagens desta vez irão se aventurar em território inimigo, ao mesmo tempo que parecem ser perseguidos por algum inimigo desconhecido. Para passar por toda essa dificuldade, os dois heróis contam com ajuda de amigos como Eurig, os irmãos Daka e Piye, e a abadessa Berthildis. Neste livro o romance entre Tristão e Isolda começa a florescer (ou renascer) e se intensificar, apesar das tentativas do casal de impedir tal sentimento. Novamente, o excesso de humildade (falta de auto-estima mesmo) do personagem Tristão, em parte justificada pelo passado deste que nos será revelado aos poucos ao longo da trama, torna o personagem chato, e dramatiza situações que não precisavam ser dramatizadas. Acredito que o romance entre os dois personagens seria mais interessante, se não fossem as constantes "fugas" de Tristão, que parece temer mais o amor que sente por Isolda do que a própria morte. Se não fosse por isso, talvez a série tivesse um desfecho bem mais rápido. Então, como a leitura não deixa de ser agradável, os dramas de Tristão podem ser perdoados e talvez esse tipo de drama amoroso agrade aos leitores de literatura romântica, o que não é muito o meu caso. É importante também citar que o final do livro guarda algumas boas surpresas para a trama.
Um ponto negativo, além do já citado, que não sei dizer se é um erro do tradutor ou da autora, é o uso constante de expressões fora de propósito dentro do contexto da época, como, por exemplo, a expressão "jardim de infância", que não teria nenhum significado naquele período da idade média, mas estranhamente, a expressão parece ser compreendida por todos os outros personagens. Além disso, o artifício de se usar um inimigo desconhecido neste volume já foi usado no volume anterior, deixando a história um tanto repetitiva.
Apesar dos pontos negativos, o enredo é bem elaborado. A autora consegue dar profundidade aos personagens (alguns, até demais). A leitura é agradável, recomendada para quem gosta de literatura romântica e para os interessados (superficialmente) na história da Inglaterra, na lenda de Arthur e, principalmente, na lenda de Tristão e Isolda, além, é claro, daqueles que já leram o primeiro livro, afinal, não vale a pena ler apenas parte de uma história que ainda tem muito a contar.
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