terça-feira, 10 de dezembro de 2013

[Resenha] A Morte da Luz

MARTIN, George R. R. A Morte da luz. Rio de Janeiro: Leya, 2012. 336p.

RESENHA
Por Juliana R. Santos
  
Capa - Editora Leya
   Como nunca li a série Crônicas de gelo e fogo (pretendo ler em breve), do mesmo autor, não posso dizer se este livro é melhor ou pior. Mas posso dizer que, surpreendentemente, já que usualmente não gosto muito de histórias futuristas, é uma leitura bastante agradável e interessante sob o ponto de vista das histórias e culturas dos povos apresentados. A escrita também é bastante boa, ainda mais se considerarmos ser este o primeiro livro do autor. 

   A narrativa se passa em Worlom, um planeta sem órbita fixa (como a Terra, que gira eternamente em torno do sol, por exemplo), que vaga pelo universo, vazio e sem vida. Quando este planeta se aproxima de algum sistema estrelar, permitindo que seres humanoides sobrevivam, ele é rapidamente habitados por povos de diversos planetas e diferentes culturas que constroem cada um a sua própria cidade, trazendo seus costumes e até mesmo plantas e criaturas de seus planetas. Porém, durante os acontecimentos do presente livro, o planeta está saindo desta "zona habitável" e vem sendo constantemente abandonado.

   O protagonista Dirk t'Larien encontra-se neste planeta, em uma visita a uma amiga que não  via há muito tempo, Gwen Delvano, mas Gwen está diferente do que ele conhece, ligada a uma cultura que Dirk não compreende. A problemática da narrativa ocorre, principalmente, devido às diferenças culturais de Dirk e de alguns dos habitantes locais, uma cultura baseada em luta, honra e posse, fatores que, como viremos a saber, se devem à história desses povos. A questão cultural e histórica envolvendo os personagens da trama, como já mencionei, é o ponto de maior destaque em todo o livro.

   Apesar do fantástico mundo futurista criado por Martin, a narrativa peca em relação aos personagens, principalmente o protagonista, que, na minha opinião, são um pouco fracos, apesar de não lhes faltar profundidade (talvez essa profundidade mais atrapalhe do que ajude neste caso, tornando os personagens muito reflexivos e pouco ativos), há que se esperar que, pelo menos o protagonista, tenha uma personalidade e atitudes mais fortes. Mas talvez isso se deva apenas ao hábito, já que, na maioria dos casos, o que se vê nos livros são personagens principais mais ativos.

   Apesar dos pontos negativos mencionados, a leitura de A Morte da luz é muito recomendada. principalmente para quem gosta de história futuristas. Mesmo os amantes das histórias medievais podem encontrar pontos semelhantes para se identificar na narrativa, como a questão da honra e obediência dos cavaleiros e a posição um tanto inferiorizada da mulher. 

3 comentários:

  1. Ótima resenha! Nunca li os nenhum livro do Martin, mas pretendo fazer isso em breve. Adoro histórias longas que se passam em lugares fora de nossa realidade, e acho que Martin faz isso muito bem, pelas resenhas que leio.
    Beeijo!
    http://booksmanybooks.blogspot.com/

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  2. Obrigada Patrícia! Se quer começar a ler Martin, acho que este livro (Morte da Luz) é um bom começo para você ver se gosta antes de começar a enorme série "Crônicas de gelo e fogo".

    Beijos!

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  3. Sou um grande fã do Martin, já li as Crônicas de Gelo e Fogo e alguns outros livros dele, mas ainda não li Morte da Luz (amei esse nome, hehe), fiquei bastante curioso e já adicionei a minha lista de desejados. Ótima resenha, muito bem escrita, parabéns.
    http://omalkavian.blogspot.com.br/

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