MARTIN, George R. R. A Morte da luz. Rio de Janeiro: Leya, 2012. 336p.
RESENHA
Por Juliana R. Santos
Capa - Editora Leya |
A narrativa se passa em Worlom, um planeta sem órbita fixa (como a Terra, que gira eternamente em torno do sol, por exemplo), que vaga pelo universo, vazio e sem vida. Quando este planeta se aproxima de algum sistema estrelar, permitindo que seres humanoides sobrevivam, ele é rapidamente habitados por povos de diversos planetas e diferentes culturas que constroem cada um a sua própria cidade, trazendo seus costumes e até mesmo plantas e criaturas de seus planetas. Porém, durante os acontecimentos do presente livro, o planeta está saindo desta "zona habitável" e vem sendo constantemente abandonado.
O protagonista Dirk t'Larien encontra-se neste planeta, em uma visita a uma amiga que não via há muito tempo, Gwen Delvano, mas Gwen está diferente do que ele conhece, ligada a uma cultura que Dirk não compreende. A problemática da narrativa ocorre, principalmente, devido às diferenças culturais de Dirk e de alguns dos habitantes locais, uma cultura baseada em luta, honra e posse, fatores que, como viremos a saber, se devem à história desses povos. A questão cultural e histórica envolvendo os personagens da trama, como já mencionei, é o ponto de maior destaque em todo o livro.
Apesar do fantástico mundo futurista criado por Martin, a narrativa peca em relação aos personagens, principalmente o protagonista, que, na minha opinião, são um pouco fracos, apesar de não lhes faltar profundidade (talvez essa profundidade mais atrapalhe do que ajude neste caso, tornando os personagens muito reflexivos e pouco ativos), há que se esperar que, pelo menos o protagonista, tenha uma personalidade e atitudes mais fortes. Mas talvez isso se deva apenas ao hábito, já que, na maioria dos casos, o que se vê nos livros são personagens principais mais ativos.
Apesar dos pontos negativos mencionados, a leitura de A Morte da luz é muito recomendada. principalmente para quem gosta de história futuristas. Mesmo os amantes das histórias medievais podem encontrar pontos semelhantes para se identificar na narrativa, como a questão da honra e obediência dos cavaleiros e a posição um tanto inferiorizada da mulher.
Ótima resenha! Nunca li os nenhum livro do Martin, mas pretendo fazer isso em breve. Adoro histórias longas que se passam em lugares fora de nossa realidade, e acho que Martin faz isso muito bem, pelas resenhas que leio.
ResponderExcluirBeeijo!
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Obrigada Patrícia! Se quer começar a ler Martin, acho que este livro (Morte da Luz) é um bom começo para você ver se gosta antes de começar a enorme série "Crônicas de gelo e fogo".
ResponderExcluirBeijos!
Sou um grande fã do Martin, já li as Crônicas de Gelo e Fogo e alguns outros livros dele, mas ainda não li Morte da Luz (amei esse nome, hehe), fiquei bastante curioso e já adicionei a minha lista de desejados. Ótima resenha, muito bem escrita, parabéns.
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