sexta-feira, 29 de novembro de 2013

[Resenha] Morte de Tinta

FUNKE, Cornelia. Morte de tinta. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. 576p. (Mundo de tinta, v.3)

RESENHA
Por Juliana R. Santos

Esta resenha é referente à continuação dos livros Coração de tinta e Sangue de tinta. Se você ainda não os leu, pode haver elementos desta resenha que revelarão fatos sobre a história dos livros

Capa - Editora Companhia das Letras
   Finalmente chegamos ao terceiro e último volume da trilogia Mundo de Tinta. Diferente do que acontece entre o primeiro e o segundo volume, a história prossegue com os acontecimentos do segundo livro, sem um desfecho, como ocorreu no fim de Coração de Tinta, o que faz com que, muitas vezes, a história de um se confunda com a de outro, principalmente para quem já leu a trilogia há algum tempo. O livro é excelente, certamente melhor do que o primeiro, embora eu não saiba dizer se é melhor ou pior do que o segundo, digamos que seja tão bom quanto.

   Nessa história, a maior parte dos personagens se mantém, praticamente não havendo inclusões importantes, exceto por Doria, um jovem personagem bem “fofo” que começa quase sem nenhuma importância, mas que no fim, consegue alguma por suas ações e relações. O desprezível Orfeu consegue aumentar seu papel, se tornando ainda mais desagradável, apesar de Cabeça de Víbora continuar como vilão principal, enquanto Mo, se torna ainda mais participativo na história como herói da trama. Resa também é outra que ganha algum destaque nessa continuação, enquanto Meggie e Farid ficam um pouco mais passivos.

   Um ponto negativo da história são os capítulos que falam de Darius e Eleanor, a gente quase pode perder a paciência com os lamentos da última que perduram desde Sangue de tinta, até quase metade do último volume. Devido aos acontecimentos do final do volume anterior, Fenoglio também se torna um pouco mais chato e reclamão, pelo menos até a metade livro, quando ele e seus escritos começam a ter uma participação maior.

    A inclusão de alguns personagens secundários serve para quebrar um pouco a distinção tão clara entre o bem e o mau do volume anterior, mostrando que nem sempre o “lado dos bons” é totalmente altruísta, o que dá certa maturidade à narrativa. O desfecho da trilogia termina com os personagens felizes, como é de se esperar, mas não completamente ausentes de problemas, dando, inclusive, brechas para uma possível continuação, mas dificilmente esta poderia ser tão agradável quanto a narrativa recém-encerrada.

  Excelente livro, excelente trilogia, nos faz pensar, em vários momentos, na importância dos livros e das palavras, além de ser, de certa forma, um elogio tanto aos autores quanto aos leitores, além de, é claro, aos tão amados livros! 

2 comentários:

  1. Eu já li e tenho o livro Coração de Tinta e sempre fui doida para ler s outros dois livros! Ótima resenha! Obrigada pela visita no meu blog
    Beijos
    eujaliesselivro.blogspot.com.br

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    1. Se puder, leia sim, vale muito a pena ler os dois últimos. Que bom que gostou da resenha, tava meio insegura quanto a isso. Segunda-feira posto mais!
      De nada, adorei o blog, e agradeço também pela visita e comentário. Um grande abraço!

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