FUNKE, Cornelia. Sangue de tinta. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 560p. (Mundo de Tinta, v.2)
RESENHA
por Juliana R. Santos
Esta
resenha é referente à continuação do livro Coração de tinta. Se você ainda não
o leu, pode haver elementos desta resenha que revelarão fatos sobre a história
do livro.
Se o primeiro livro Coração de Tinta foi bom, esta sequência
é ainda melhor. E serve para agradar aqueles que, como eu, tiveram uma imensa
curiosidade, ao ler o primeiro volume, sobre como seria o tão saudoso mundo
de Dedo Empoeirado.
Capa - Editora Companhia das Letras |
O novo livro conta com
novos vilões, sendo Cabeça de Víbora, o principal deles, este consegue ser tão
bom quanto Capricórnio foi no primeiro volume, talvez ainda mais assustador,
pois possui ainda mais poderes do que o outro. Um ponto interessantíssimo da
história é a criação de um novo personagem por Fenoglio, o Gaio, inspirado em
Mo, que acaba causando grandes problemas para este quando, de repente, se vê no
Mundo de Tinta, esse fato colabora para melhorar ainda mais a participação de
Mo na história, que ganha cada vez mais destaque na trama, se tornando mais ousado
e ativo na narrativa. Farid também se torna mais ativo e importante na trama, que conta, além disso, com umas pinceladinhas de romance que a deixam ainda mais agradével
Entre os pontos
negativos (são poucos já que o livro em si é excelente) um deles seria o mesmo
do volume anterior, a facilidade com que as habilidades combinadas de Fenoglio e
Meggie solucionam problemas na história, apesar de este ser remediado em muitas
situações por reveses que os atrapalham. Outro ponto negativo é a constante
entrada e saída de personagens do Mundo de Tinta, o que faz com que este pareça
com uma verdadeira “casa da mãe Joana”. Mas esses detalhes são perdoáveis, já
que o Mundo de Tinta é um cenário bem mais interessante para o desenrolar da
história do que o mundo real.
Neste novo volume os
personagens, tanto os novos, quanto os antigos ganham mais intensidade do que
já tinham no anterior, deixando a história ainda mais profunda, apesar da clara diferenciação entre os personagens bons e maus, comumente presente na
literatura infanto-juvenil.
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