quinta-feira, 28 de novembro de 2013

[Resenha] Sangue de Tinta

FUNKE, Cornelia. Sangue de tinta. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 560p. (Mundo de Tinta, v.2)

RESENHA

por Juliana R. Santos


Esta resenha é referente à continuação do livro Coração de tinta. Se você ainda não o leu, pode haver elementos desta resenha que revelarão fatos sobre a história do livro.

Se o primeiro livro Coração de Tinta foi bom, esta sequência é ainda melhor. E serve para agradar aqueles que, como eu, tiveram uma imensa curiosidade, ao ler o primeiro volume, sobre como seria o tão saudoso mundo de Dedo Empoeirado.

Capa - Editora Companhia das Letras
   O segundo volume mantém os dizeres no início de cada parágrafo, nos fazendo conhecer e desejar ler ainda outros livros (assim vou precisar de umas sete vidas para ler tudo que eu quero). A narrativa já começa introduzindo um novo personagem, um ser humano vaidoso, covarde e desprezível que chama a si mesmo de Orfeu. A única identificação que alguém pode ter com este personagem é o amor pelas histórias e por personagens específicos. Apesar disso, o personagem tem seu papel na história e, com essas características, desempenha-o bem. Além desse, novos personagens são incorporados à trama, como o vilão Cabeça de Víbora; os Príncipes Porcino, Cosme e Jacopo; a Princesa Violante; Roxanne; Pássaro Tisnado; o Príncipe Negro, este último, tão cativante quanto Dedo-Empoeirado; entre muitos outros, em sua maioria, habitantes do mundo de tinta. Os antigos personagens: Mortola, Basta, Elinor, Darius, Fenoglio, além de, é claro, Meggie, Mo, Resa, Dedo-Empoeirado e Farid, também continuam a participar da trama.

   O novo livro conta com novos vilões, sendo Cabeça de Víbora, o principal deles, este consegue ser tão bom quanto Capricórnio foi no primeiro volume, talvez ainda mais assustador, pois possui ainda mais poderes do que o outro. Um ponto interessantíssimo da história é a criação de um novo personagem por Fenoglio, o Gaio, inspirado em Mo, que acaba causando grandes problemas para este quando, de repente, se vê no Mundo de Tinta, esse fato colabora para melhorar ainda mais a participação de Mo na história, que ganha cada vez mais destaque na trama, se tornando mais ousado e ativo na narrativa. Farid também se torna mais ativo e importante na trama, que conta, além disso, com umas pinceladinhas de romance que a deixam ainda mais agradével

   Entre os pontos negativos (são poucos já que o livro em si é excelente) um deles seria o mesmo do volume anterior, a facilidade com que as habilidades combinadas de Fenoglio e Meggie solucionam problemas na história, apesar de este ser remediado em muitas situações por reveses que os atrapalham. Outro ponto negativo é a constante entrada e saída de personagens do Mundo de Tinta, o que faz com que este pareça com uma verdadeira “casa da mãe Joana”. Mas esses detalhes são perdoáveis, já que o Mundo de Tinta é um cenário bem mais interessante para o desenrolar da história do que o mundo real.



   Neste novo volume os personagens, tanto os novos, quanto os antigos ganham mais intensidade do que já tinham no anterior, deixando a história ainda mais profunda, apesar da clara diferenciação entre os personagens bons e maus, comumente presente na literatura infanto-juvenil.  

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