terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sarau

Olá amigos leitores,

   Bem, estou de volta de viagem, e voltando a postar normalmente a partir de hoje. Para recomeçar as postagens, resolvi dividir com vocês os registros de um sarau que fiz no último ano com algumas amigas.

  Para quem não sabe, sarau, segundo o dicionário Michaelis é uma "Reunião de pessoas amantes das letras, para recitação e audição de trabalhos em prosa ou verso." Também existem saraus musicais, mas este não é o caso aqui. No nosso caso, chamamos de sarau, reuniões entre amigos para dividir trechos interessantes de livros, textos escritos por nós mesmos, ou até para cantar alguma canção de que gostemos, uma coisa bem livre e espontânea, e muito divertida. Para quem nunca fez nada parecido, eu recomendo, é uma experiência muitíssimo agradável! 

   Este sarau a que me refiro aconteceu em agosto de 2013 e, infelizmente, não pôde ser tão longo quanto eu gostaria que fosse, mas ainda assim teve um resultado bastante interessante, com ótimos textos lidos e uma música cantada pela metade (porque a menina que tocava ficou com vergonha no meio da música e parou de tocar). Todos os trechos lidos, que citarei aqui, podem ser acessados clicando em seus títulos. 

   Como foi minha a ideia do sarau, acharam que era justo que eu começasse as leituras. Então, para iniciar as coisas com um ar animado, comecei com a crônica do saudoso Millôr Fernandes, Sorumbático. Quem já leu a crônica sabe o quanto ela é engraçada, mas para quem ainda não leu, o arquivo pode ser acessado clicando no título (A crônica contém palavrões). A seguir foi a vez da Clara (nome fictícia, pois não sei se esta amiga me permitiria revelar o nome dela aqui no blog), que leu um trecho do capítulo 17 do livro A Sombra do súcubo da autora Richelle Mead. Depois disso, Cínthia (também fictício, pelo mesmo motivo) leu um conto retirado do livro Contos brasileiros contemporâneos, entitulado Nunca é tarde, sempre é tarde do autor Silvio Fiorani. Enfim, foi a vez da Rafaela (também fictício, vocês já entenderam, né?) que, como amante que é de Neil Gaiman, não podia deixar de ler pelo menos um trecho do autor. E o trecho escolhido foi retirado do capítulo 10 de Oceano no fim do caminho, o livro mais recente do autor. Assim, enncerrou-se a primeira rodada do sarau, e eu novamente tomava a palavra. Desta vez, optei por um conto curto do livro Branca dos Mortos e os sete zumbis. O conto escolhido foi O Fim de quase todas as coisas, último conto do livro. 

   O mais interessante sobre um sarau, é o fato de que cada um leva o que mais gosta para dividir, sem julgamento ou censura. O que é uma forma de amigos conhecerem melhor uns aos outros, além de ser uma forma de conhecer novas obras. Algumas de nós, por exemplo, não conhecíamos os Contos de Beedle, o bardo, escrito pela escritora J.K. Rowlind sobre o mundo de Harry Potter. O livro trata de história populares e lendas conhecidas entre bruxos, e Clara, grande fã da série, leu-nos O Conto dos três irmãos,, extraído do livro. A seguir, for a vez de nos perdermos em meio às palavras, com um dos Circuitos fechados de Ricardo Ramos, lido pela Cínthia. 

   Para variar um pouco das leituras, Rafaela pegou seu violão para nos distrairmos com uma música. A canção escolhida foi Ela é carioca de Tom Jobim, cuja letra pode ser acessada clicando aqui. Perto do fim do sarau, foi minha vez novamente. Desta vez, escolhi um trecho do livro Azincourt de Bernard Cornwell (o livro já foi resenhado no blog, e você pode acessar a resenha clicando aqui). Trata-se do discurso do rei Henrique V antes do início do embate que ficou conhecido como a Batalha de Azincourt. Continuando, poderia-se julgar o quão bom é o livro de Neil Gaiman, pelas escolhas feitas para o sarau, pois novamente foi lido um trecho de Oceano no fim do caminho, desta vez o primeiro capítulo, onde o protagonista fala sobre sua infância ao lado de seu amado gatinho e o sentimento que se segue à sua perda. Quem leu o trecho foi a Clara. Infelizmente, a hora já era avançada ao fim da leitura do capítulo, e fomos forçadas a encerrar o sarau que, mesmo curto, foi interessante e agradabilíssimo.
de Bernard Cornwell (o livro já foi resenhado no blog, e você pode acessar a resenha clicando aqui).

Abaixo segue a lista dos trechos lidos, com seus respectivos links:

  • SORUMBÁTICO - FERNANDES, Millôr. Sorumbático. [S.l.:s.n.], 19--?
  • SONHOS - MEAD, Richelle. A Sombra do súcubo. São Paulo: Essência, 2012. Cap. 17.
  • NUNCA É TARDE, SEMPRE É TARDE - FIORANI, Silvio. Nunca é tarde, sempre é tarde. In: LADEIRA, Julieta de Godoy (Org.). Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Moderna, 2005. p. 139-141.
  • MONSTROS, MEDOS E ADULTOS - GAIMAN, Neil. O Oceano no fim do caminho. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. Cap. 10 p. 90-91
  • O FIM DE QUASE TODAS AS COISAS - FOBIYA, Abu. O Fim de quase todas as coisas. In: ______. Branca dos Mortos e os sete zumbis. Curitiba: Nerdbooks, 2012. P. 231-235.
  • O CONTOS DOS TRÊS IRMÃOS - ROWLING, J. K. O Conto dos três irmãos. In: ______. Os Contos de Beedle, o bardo. Rio de Janeiro: Rocco, 2008. p. 85-91.
  • CIRCUITO FECHADO - RAMOS, Ricardo. Circuito fechado (4). In: LADEIRA, Julieta de Godoy. Contos brasileiros contemporâneos. São Paulo: Morderna, 2005. p. 128-129.
  • O DISCURSO DO REI - CORNWELL, Bernard. Azincourt. Rio de Janeiro: Record, 2011. p. 354-356.
  • O MENINO E O GATINHO - GAIMAN, Neil. O Oceano no fim do caminho. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. Cap. 1. p. 17-21.
Espero que tenham gostado da postagem! Uma boa tarde e até amanhã!

2 comentários:

  1. Nossa, que legal! Deve ter sido uma experiência deliciosa, verei se consigo fazer algo parecido também! :D

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  2. Foi realmente delicioso! Tente marcar com seus amigos sim, você vai gostar! Eu mal posso esperar para fazer outro sarau desses.

    Abraços,

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