quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

[Resenha] Império da prata

IGGULDEN, Conn. Império da prata. Rio de Janeiro: Record, 2011. 405 p. (O Conquistador, v.4)

RESENHA
por Juliana R. Santos

Esta resenha é referente à continuação dos livros O Lobo das planícies, Os Senhores do arco e Os Ossos das colinas. Se você ainda não os leu, pode haver elementos desta resenha que revelarão fatos sobre a história dos livros. 

Capa - Editora Record
  Enquanto Os Ossos das colinas foi, em minha modesta opinião, o melhor livro da série, Império da prata foi o pior. Não me entendam mal, não é que seja um livro ruim, foi apenas que eu considerei o livro o mais fraco dos cinco. A história ocorre durante o período de governo de Ogedai Khan, após a morte de seu pai e grande líder da nação, Gênghis Khan. 

   A trama começa com a finalização da construção de Karakorum, a primeira cidade mongol. Como o povo da Mongólia era nômade, não haviam cidades até então, o povo habitava iurtas e se movimentava constantemente, dessa forma, não existiam cidades fixas como conhecemos, feitas de pedra ou madeira. A cidade, por si só, é uma influência da cultura dos povos invadidos, até então, os chineses e os persas, tendo a cidade, características das duas culturas, mas, principalmente, da chinesa. Apesar de ser herdeiro escolhido por Gênghis, Ogedai ainda encontra resistências a seu poder, em especial vindas de seu irmão, Chagatai, mas ele conta com a ajuda de seus tios Khasar e Kachium, para lutar contra esta oposição e tentar permanecer como Grande cã da nação. Mesmo assim, Ogedai deixa a desejar como líder, não sendo tão forte quanto o antecessor, o que faz com que o personagem não seja tão interessante para o leitor. 

  Além dos personagens já presentes na trama, há novos que aparecem, ou ganham mais destaque neste novo volume, entre eles citamos Batu, o filho bastardo de Jochi; Ghuyuk, filho de Ogedai; Tolui, filho mais jovem de Gênghis e Borte; o general Tsubodai; e, surpreendentemente, Sorhatani, esposa de Tolui. Digo que o fato de Sorhatani ter destaque nas histórias é surpreendente, pois, até então, os personagens de destaque eram, predominantemente masculinos, o que é bastante aceitável, já que o livro trata de guerras e de uma sociedade patriarcal, onde as mulheres tinham pouco ou nenhum poder de decisão, podendo inclusive ser trocadas ou "emprestadas" (isso é mostrado durante o segundo volume Senhores do arco). Neste cenário, a esposa de Tolui se ergue como uma mulher forte e decidida, disposta a qualquer sacrifício para o bem de sua família. A personagem foi, de fato, uma surpresa muito agradável, tornando a história mais interessante, uma demonstração de força inesperada, que supera até o líder da nação, que, como eu falei, é um tanto fraco. 

   O livro traz também algumas cenas de batalhas e conquistas, é neste volume que começam a ser narradas a expansões mongóis rumo à Europa. Nesse contexto, o general e grande estrategista Tsubodai também ganha algum destaque, porém, o personagem não foi aprofundado como poderia, sendo mostrado de forma um tanto superficial, deixando o leitor com a sensação de que faltou alguma coisa. 

  Como os volumes anteriores, o livro é mais um livro de ação do que de sentimentos, então é bastante desencorajado para leitores que buscam romances. Por outro lado, para os que procuram narrativas de guerra, estratégias de combate e disputas de poder, este volume oferece um prato cheio, apesar de eu te achado que as batalhas deste livro foram um pouco menos intensas do que as dos anteriores, fato que foi compensado pelas estratégias muito bem calculadas utilizadas para derrubar, uma a uma, as diversas nações que tiveram o azar de enfrentar os exércitos mongóis. 

2 comentários:

  1. Oi!
    Não me interesse pelo livro :(
    Sabe, não é do meu tipo, eu sou mais:
    Romance melosos (ou não) <3 :3 Drama (daqueles fortes e os normais) <3 :3 Ficção <3 :3 Fantasia <3 :3 Aventura <3 :3 Sobrenatural <3 :3
    Beijos!
    umavidachamadalivros.blogspot.com.br

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  2. Entendo perfeitamente, é mais questão de gosto mesmo, cada um tem o seu. Esse também tem aventura, acho que é parecido com os livros do Bernard Cornwell, não sei se conhece. Mas tem uns livros de fantasia e aventuras resenhados no blog, quem sabe algum não desperta o seu interesse?

    Beijos Ellis, não deixe de visitar o blog!

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